A participante do BBB Natália Deodato, trouxe à tona o debate sobre o preconceito vivido por quem tem vitiligo. A doença autoimune, que provoca manchas brancas na pele, atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil. Esse distúrbio além de mexer com a confiança, requer uma rotina de cuidados para controlar o aparecimento das marcas.
Segundo o dermatologista especialista da Sociedade Brasileira de Dermtologia (SDB), Caio Castro: “O principal problema é o impacto causado na aparência, que, por fugir aos padrões pré-estabelecidos, leva à baixa na autoestima. Isso resulta em isolamento e traumas emocionais”.
Thayse Branco, especialista em medicina estética no Rio de Janeiro, complementa: “As manchas abalam o amor próprio e muita gente ainda acha que a doença é contagiosa, principalmente crianças e adolescentes, o que traz consequências para a saúde mental. Os pacientes precisam de acompanhamento psicológico por todos esses fatores”.
O dermatologista Mauro Enokihara defende: “A forma como Natália Deodato se relaciona com a doença é um exemplo de como pessoas com essa condição devem manter sua autoestima em alta e ocupar espaços no convívio social”.
No vitiligo, as células produtoras de melanina, responsável pela cor da pele – são atacados pelos linfócitos T, que fazem parte do sistema imunológico. Mas, nesse caso, eles atuam de forma desregulada. Daí porque se trata de uma doença considerada autoimune. Sem a produção do pigmento, a cor da pele muda.
O vitiligo afeta todos os sexos e etnias. Os sinais geralmente aparecem em torno dos 24 anos, mas também tem dianósticos em crianças e adolescentes. O diagnóstico clínico é feito, a princípio, a olho nu, apenas com o auxílio de uma lâmpada especial. “Quando há dúvidas, é realizada biópsia das lesões, já que as manchas do vitiligo podem se confundir com as de outras doenças de pele, como micose fungoide hipocromiante ou lúpus discoide”, explica Castro.
Não há cura para o vitiligo, e as terapias nem sempre conseguem impedir ou reverter as manchas. Porém existem diversos tratamentos com o objetivo de impedir o crescimento delas.
Cuidados devem ser tomados em relação à exposição ao sol, já que as manchas deixam a pele desprotegida, amplificando o risco de câncer. Usar filtro solar com alto fator de proteção é essencial.
Cabe reforçar ainda o forte elo entre as emoções e o vitiligo. Inclusive, em momentos tensos, as marcas podem crescer, se espalhar ainda mais ou até reaparecer. Por isso, atividades que ajudam a controlar a tensão, a exemplo de meditação e ioga, são aliadas dos pacientes.
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